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RETOMADA DO SETOR DE MAQUINAS E EQUIPAMENTOS

Após sucessivas retrações, a receita líquida do setor de máquinas e equipamentos apresentou o seu primeiro resultado positivo em julho, desde março. Segundo a ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, essa alta está relacionada a fatores como a retomada da produção de importantes empresas que estavam paradas até junho.

Em julho, as receitas do setor somaram R$ 12,5 bilhões, o que equivale a um crescimento inter anual de 15%, já descontado a inflação, sinalizando uma estabilidade no pós-pandemia.

Com o desempenho de julho, no acumulado do ano o setor registra R$ 69,2 bilhões; uma queda de -4,6% no acumulado de 2020.

Para a ABIMAQ, o forte impacto da Covid-19 no setor de máquinas tem sido diluído ao longo dos últimos meses. “Ainda é cedo para falar em recuperação, mas a confirmação de que a pior fase da pandemia passou poderá trazer maior confiança ao empresário de máquinas no segundo semestre”.

As vendas internas foram o motor da expansão do setor em julho. O crescimento de 29,7% frente ao mesmo período do ano anterior contribuiu para mitigar os últimos resultados negativos. Assim, as receitas internas somaram R$ 48,4 bilhões entre janeiro e julho, uma queda de – 1,9% em 2020.

Por outro lado, as receitas de exportação apresentaram forte queda pelo quinto mês consecutivo. Em julho, as exportações em dólar retraíram -33,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado, após queda de -35,6% em junho e -34,7% em maio. Com isso, as receitas de exportação encolheram – 26,8% no acumulado de 2020.

Com relação às importações de máquinas e equipamentos, tivemos um mês de julho com queda menos brusca, apontando para um possível cenário mais brando do que aquele nos primeiros meses da Covid-19. Em julho, as importações de máquinas e equipamentos recuaram- 18,3% na comparação inter anual, queda menos intensa que a observada em junho (- 32,5%) e maio (-30,6%). No acumulado de 2020, as importações do setor acumulam alta de +2,4%.

“A penetração de máquinas e equipamentos está condicionada à retomada da indústria nacional, indicador importante para ajudar a mensurar o ritmo da atividade econômica no segundo semestre”, afirma a entidade.

Em julho, o consumo aparente (total de máquinas e equipamentos absorvidos no mercado doméstico) cresceu 18,8%, puxado, em grande medida, pelo desempenho das vendas internas. No acumulado do ano, o consumo registra alta de 9,8%.

FONTE: SITE ABIFA